29/10/2010





Sentir é a nossa realidade básica: somos máquinas de sentir.
Paz, amor, verdade, alegria, são para sentir.
Não é por acaso que o contentamento nos faz sentir bem,
que alegria nos faz sentir bem,
que a serenidade nos faz sentir bem.
Quando não nos sentimos bem tentamos reparar a máquina de sentir.
"Vamos fazer um curso, um seminário; vamos experimentar isto."

A cada um de nós foi dada uma mente e nós pensamos continuamente.
Pensamos no amanhã e no depois de amanhã.
O nosso coração diz:
"Liga-te a esse sentimento de plenitude."
A nossa mente diz:
"Vamos falar sobre o que vai acontecer. Vamos fazer planos."

Dentro de mim, quero encontrar a minha paz,
a minha tranquilidade, a minha alegria.

A minha mente é curiosa:
quer pensar e imaginar. Vive de ar.
O meu coração vive de alimento.
Preciso de dar ao meu coração o alimento
do amor, da paz, da plenitude,
todos os dias. É isso que o meu coração procura.

Muitas vezes pensamos que as perguntas conduzem a respostas,
mas não é necessáriamente assim.
Há um campo distinto de perguntas
e um campo distinto de respostas.
Há um oceano de perguntas.
No oceano de perguntas, não existem respostas.
Há também um oceano de respostas,
e no oceano de respostas, não existem perguntas.
Para a mente é mais atractivo estar cheio de perguntas.
Para o coração é mais atractivo estar cheio de respostas.
O conhecimento dá respostas que podem não resultar de perguntas.

A experiência é fundamental. Sem experiência, é tudo teoria.
É tão simples como beber um copo de água quando se tem sede.
Porque será que, quando temos fome, a teoria não chega e, no entanto
quando se trata do que é essencial na vida,
a teoria é suficiente?

Há tantos séculos que uma voz tem estado a clamar:
"Aquilo que procuras está dentro de ti.
A tua verdade está dentro de ti,
a tua alegria está dentro de ti,
a tua paz está dentro de ti."

O meu coração só quer aceitar as coisas que eu já senti.
Não as ideias que vêm da mente, mas aquilo que é real.



Maharaji





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