29/10/2010





Sentir é a nossa realidade básica: somos máquinas de sentir.
Paz, amor, verdade, alegria, são para sentir.
Não é por acaso que o contentamento nos faz sentir bem,
que alegria nos faz sentir bem,
que a serenidade nos faz sentir bem.
Quando não nos sentimos bem tentamos reparar a máquina de sentir.
"Vamos fazer um curso, um seminário; vamos experimentar isto."

A cada um de nós foi dada uma mente e nós pensamos continuamente.
Pensamos no amanhã e no depois de amanhã.
O nosso coração diz:
"Liga-te a esse sentimento de plenitude."
A nossa mente diz:
"Vamos falar sobre o que vai acontecer. Vamos fazer planos."

Dentro de mim, quero encontrar a minha paz,
a minha tranquilidade, a minha alegria.

A minha mente é curiosa:
quer pensar e imaginar. Vive de ar.
O meu coração vive de alimento.
Preciso de dar ao meu coração o alimento
do amor, da paz, da plenitude,
todos os dias. É isso que o meu coração procura.

Muitas vezes pensamos que as perguntas conduzem a respostas,
mas não é necessáriamente assim.
Há um campo distinto de perguntas
e um campo distinto de respostas.
Há um oceano de perguntas.
No oceano de perguntas, não existem respostas.
Há também um oceano de respostas,
e no oceano de respostas, não existem perguntas.
Para a mente é mais atractivo estar cheio de perguntas.
Para o coração é mais atractivo estar cheio de respostas.
O conhecimento dá respostas que podem não resultar de perguntas.

A experiência é fundamental. Sem experiência, é tudo teoria.
É tão simples como beber um copo de água quando se tem sede.
Porque será que, quando temos fome, a teoria não chega e, no entanto
quando se trata do que é essencial na vida,
a teoria é suficiente?

Há tantos séculos que uma voz tem estado a clamar:
"Aquilo que procuras está dentro de ti.
A tua verdade está dentro de ti,
a tua alegria está dentro de ti,
a tua paz está dentro de ti."

O meu coração só quer aceitar as coisas que eu já senti.
Não as ideias que vêm da mente, mas aquilo que é real.



Maharaji





28/10/2010

Obesidade Mental






Do livro "Mental Obesity", do prof. Andrew Oitke, catedrático de Antropologia em Harvard que revolucionou os campos da educação, jornalismo e relações sociais em geral.
Oitke introduziu o conceito em epígrafe para descrever o que considerava o pior problema da sociedade moderna.


«A nossa sociedade está mais atafulhada de preconceitos que de proteínas, mais intoxicada de lugares-comuns que de hidratos de carbono. As pessoas viciaram-se em estereótipos, juízos apressados, pensamentos tacanhos, condenações precipitadas. Todos têm opinião sobre tudo, mas não conhecem nada. Os cozinheiros desta magna "fast food" intelectual são os jornalistas e comentadores, os editores da informação e filósofos, os romancistas e realizadores de cinema. Os telejornais e telenovelas são os hamburgers do espírito, as revistas e romances são os donuts da imaginação.» O problema central está na família e na escola. «Qualquer pai responsável sabe que os seus filhos ficarão doentes se comerem apenas doces e chocolate. Não se entende, então, como é que tantos educadores aceitam que a dieta mental das crianças seja composta por desenhos animados, videojogos e telenovelas. Com uma «alimentação intelectual» tão carregada de adrenalina, romance, violência e emoção, é normal que esses jovens nunca consigam depois uma vida saudável e equilibrada.»
(...)
Não admira que, no meio da prosperidade e abundância, as grandes realizações do espírito humano estejam em decadência. A família é contestada, a tradição esquecida, a religião abandonada, a cultura banalizou-se, o folclore entrou em queda, a arte é fútil, paradoxal ou doentia. Floresce a pornografia, o cabotinismo, a imitação, a sensaboria, o egoísmo. Não se trata de uma decadência, uma «idade das trevas» ou o fim da civilização, como tantos apregoam. É só uma questão de obesidade. O homem moderno está adiposo no raciocínio, gostos e sentimentos. O mundo não precisa de reformas, desenvolvimento, progressos. Precisa sobretudo de dieta mental.»

12/10/2010


"Existe uma paz que só se alcança quando as decisões que tomas são as mais correctas. Normalmente, a maioria das pessoas toma as decisões baseadas na ideia do "tem de ser", "não há hipótese", ou "tenho mesmo de fazer isto".
São decisões empurradas pela mente, pelo ego controlador e sinistro, que foge da tua alma pois tem medo da força que ela tem.

As decisões quando são tomadas respeitando a energia original têm uma força tremenda.

Porque tudo está no seu lugar quando uma pessoa se respeita, quando uma pessoa sabe que o que é melhor para si pode não ser o melhor para os outros. Sempre que tomares uma decisão, faz o seguinte: nem que seja por um segundo, fecha os olhos e sente o teu peito. Mais do que isso. Sente a tua intuição.

Às vezes o peito sofre com as decisões que a nossa intuição nos diz que temos de tomar. Sente a tua intuição. Há paz? Há coerência energética? Há aquele sentimento tão antigo de que "tudo está no seu lugar"?
Se sim, está certo. É a tua decisão acertada.
Se não, já sabes o que tens a fazer."