27/12/2007

Ano Novo, Vida Nova






"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas

Que já têm a forma do nosso corpo...

E esquecer os nossos caminhos

que nos levam sempre aos mesmos lugares.

É o tempo da travessia

E se não ousarmos fazê-la

Teremos ficado para sempre

À margem de nós mesmos."


Fernando Pessoa

01/12/2007

"Meus amigos são todos assim: metade loucura, outra metade santidade.
Escolho-os não pela pele, mas pela pupila,
que tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta.
Não quero só o ombro ou o colo,quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem,
mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos, nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice.
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto,
e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou,
pois vendo-os loucos e santos,bobos e sérios, crianças e velhos,
nunca me esquecerei de que a normalidade é uma ilusão…”


Fernando Pessoa

11/11/2007




Conselhos de Feng Shui

1) Em Novembro, devemos começar a preparar a casa para o novo ano que se aproxima.
E o preparo começa com a REMOÇÃO do que se tornou INÚTIL, está IMPERFEITO e provoca LEMBRANÇAS DESAGRADAVEIS... Assim, deve-se seleccionar o que desejamos manter na nossa casa: roupas, calçados, cd’s, livros, bijutarias, bonés, objectos diversos, fotos, etc.

2) É preciso mudar a "cara" à casa. Vários aspectos podem ser examinados: trocar quadros de lugar; renovar as fotos dos porta-retratos; modificar a arrumação dos móveis, por exemplo, trocar um sofá de lugar; pintar paredes ou escolher uma parede para ganhar uma nova cor; e uma acção muito importante: renovar as plantas do interior da casa. Levar as actuais para a varanda ou o jardim, e decorar a sala com novas plantas. Se possível, pôr uma orquídea nalgum ponto da sala. A orquídea é a flor mais positiva que existe.

3) Utilizar elementos decorativos próprios das Festas. E fruteiras com maçãs, laranjas, tangerinas, uvas; e pratos com frutas secas, como damasco, tâmaras, passas de uva, etc.
Tudo isso é símbolo de Prosperidade.

4) No Natal, cuidar para que a noite seja de paz, alegre, com a família e amigos reunidos para celebrar o nascimento de Jesus – porque este é o maior motivo para tanto festejos e não a distribuição de presentes...

5) No Réveillon, muita alegria, mesa farta, casa totalmente ILUMINADA, portas e janelas ABERTAS, para que 2007 se despeça com festejos; e 2008 tenha as boas-vindas como a Esperança pede.

6) Mas, além dessas dicas, é FUNDAMENTAL que todos se preparem emocionalmente! Terminar o ano a pedir para 2008 chegar rápido porque "2007 foi uma porcaria", porque "não consegui o que queria", porque "aconteceu isto ou aquilo" é terminar o ano de modo triste, negativo. E ninguém merece se sentir assim... Então, recomendo que todos façam um exercício positivo, para terminar 2007 com alegria, agradecendo as pequenas vitórias, as conquistas, os encontros e reencontros. O facto de estar vivo e com saúde é o suficiente para se festejar, não é? E os mais sábios, vão agradecer até as crises, porque, com elas, cresceram, amadureceram, aprenderam...

7) Como curiosidade, no dia primeiro de Janeiro, não se pede nada emprestado nem se empresta. E não se toca em tesouras...

Tudo para preservar a Prosperidade e evitar dificuldades durante o ano!



20/09/2007

AS CRIANÇAS ÍNDIGO


Os índigo são especiais.
Eles sabem que são especiais e querem ser amados como tal.
São crianças que anseiam ver o mundo em paz.
Eles trazem uma lembrança futura, onde o mundo subirá de vibração, e as palavras de ordem serão compreensão, aceitação e amor incondicional.
Amor por tudo. Pela terra, pelas árvores, pelos animais. Ter amor pelo chão que se pisa. Ter respeito pelos seres que coabitam esta imensidão de espaço.
Este é o sonho dos índigo. Esse é o seu sonho e a sua missão.
«As crianças. Não é preciso educá-las. Só é preciso amá-las. Elas já vêm educadas.».

Elas realmente já vêm treinadas. Sabem onde vocês têm de chegar e preparam-vos para isso. Têm a lembrança futura do que a Terra vai ser, e preparam-se para conquistá-la. Têm um propósito. Por isso é que se acham diferentes. Sentem que não fazem parte deste mundo, e por um lado é verdade. Elas fazem parte de um outro mundo. O do Futuro.

Estes são os meninos índigo. Treinados. Evoluídos. Preparados.
Prontos para o confronto, mas nunca desistindo da sua nova missão.

Alexandra Solnado in "A Alma Iluminada"

25/08/2007


Fogos a aumentar
Lagos a encolher
Niveis de Dióxido de Carbono a subir
Mercurio a trepar
Oceanos a aquecer
Glaciares a derreter
Nivel do Mar a subir
Gelo Marinho a diminuir
Secas a durar
Plataformas glaciárias a partir
Anfibios a desaparecer
Rios a secar
Frio de Inverno a perder força
Habitats a mudar
Chuva a aumentar
Primavera a chegar mais cedo
Outono a chegar mais tarde
Neve de Inverno a diminuir
Plantas a florescer mais cedo
Épocas de migração a variar
Orlas costeiras em erosão
Espécies exóticas a invadir
Doenças a alastrar



O que andamos a fazer à nossa Terra?

20/08/2007

Spencer Tunick conduziu mais uma aparatosa sessão fotográfica com modelos nús, desta vez na Suiça, onde reuniu cerca de 600 voluntários ambientalistas que vieram de toda a Europa para serem fotografados a 2.400 metros de altitude no glaciar Alestch, o maior dos Alpes, declarado património da humanidade pela UNESCO em 2001.
Este glaciar tem vindo a derreter a um ritmo de cerca de 50m por ano.
Segundo a Greenpeace, as fotos simbolizam a vulnerabilidade dos glaciares e a fragilidade do corpo humano. As fotografias devem emocionar as pessoas e motivá-las a actuar contra as alterações climáticas.
Tunick também já passou por Portugal, fotografou na cidade de Viana do Castelo.
Quem quiser participar é só increver-se:

17/07/2007

AUROVILLE

A Cidade Universal

"Auroville pretende ser uma cidade universal,onde homens e mulheres de todos os países podem viver em paz e progressiva harmonia, acima de qualquer credo, politica ou nacionalidade. O propósito de Auroville é alcançar a união da humanidade."



Situada no sul da India, Auroville começou a ser projectada em 1955, quando surgiu a ideia de construir uma cidade internacional voltada para o novo homem da nova era.

Reconhecida em 1966 pela Assembleia Geral da Unesco como cidade dedicada ao entendimento entre os povos e à paz, Auroville foi inaugurada em fevereito de 1968 numa cerimonia com a presença de cinco mil pessoas de todo o mundo.
Conta actualmente com cerca de dois mil habitantes, um terço das quais indianas.

Para conhecer melhor os fundamentos de Auroville:
http://www.auroville-international.org/avibr/index2.htm




10/07/2007

Encosta-te a mim...




Encosta-te a mim,
nós já vivemos cem mil anos
encosta-te a mim,
talvez eu esteja a exagerar
encosta-te a mim,
dá cabo dos teus desenganos
não queiras ver quem eu não sou,
deixa-me chegar.
Chegado da guerra,
fiz tudo p´ra sobreviver
em nome da terra,
no fundo p´ra te merecer
recebe-me bem,
não desencantes os meus passos
faz de mim o teu herói,
não quero adormecer.
Tudo o que eu vi,estou a partilhar contigo
o que não vivi,
hei-de inventar contigo
sei que não sei,
às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem, encosta-te a mim.
Encosta-te a mim,desatinamos tantas vezes
vizinha de mim,
deixa ser meu o teu quintal
recebe esta pomba que não está armadilhada
foi comprada, foi roubada, seja como for.
Eu venho do nada porque arrasei o que não quis
em nome da estrada onde só quero ser feliz
enrosca-te a mim, vai desarmar a flor queimada
vai beijar o homem-bomba, quero adormecer.
Tudo o que eu vi,estou a partilhar contigo
o que não vivi,um dia hei-de inventar contigo
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem, encosta-te a mim


Jorge Palma

06/07/2007


O Espirito poisou no Oeste

Há um novo habitante nas terras do Bombarral que veste calças de linho, túnicas coloridas e anda por aí a dizer que a espiritualidade é a base de tudo na vida.
(...)
Para quem pensa estar perante mais um solitário naufragado nas suas utopias, Alfredo Sfeir-Younis avisa: "Não saí de um mosteiro ou de uma gruta, venho do Banco Mundial e uso a economia espiritual para promover a auto-cura do mundo."

Nascido no Chile, há 59 anos, o economista ambiental passou décadas a viajar por grande parte do mundo, trabalhou quase 30 anos no Banco Mundial, mas vive agora numa aldeia do Bombarral: "Columbeira foi uma descoberta do destino. Não tenho outra residência no mundo nem no meu país ou nos Estados Unidos onde vivi 34 anos."
É na Columbeira que Sfeir-Younis desenvolve o seu trabalho. "Tenho uma instituição, que não precisa de prédios nem delegações e não tem fins lucrativos - o Instituto Zambuling para a Transformação Humana".
(...)
"Despertar a consciência colectiva é, portanto, a meta do chileno: "A nossa realidade é produto de uma consciência colectiva e a economia espiritual assenta em valores que são comuns a todos nós como a paz, a tolerância, a segurança ou a igualdade."
O problema, adverte, é que uma boa parte dos que vivem neste planeta estão a milhas desse objectivo: "Vivemos preocupados em ter um carro só nosso, uma casa só nossa e por aí adiante. O capitalismo individualizou-se."E se alguém pensa que estes conceitos são demasiado esotéricos, Sfeir-Younis desfaz o preconceito.
A própria natureza do capitalismo assenta na espiritualidade, explica o novo habitante da Columbeira.
(...)
"A crise do modelo capitalista é justamente a quebra de confiança. Agora temos medo de viajar, de conhecer outros países porque não sabemos se no próximo minuto vai explodir uma bomba."
Mas teremos nós de abdicar de tudo o que é bom na vida para alcançar o novo paradigma?
A resposta do ex-economista do Banco Mundial é um suspiro de alívio para quem pensava que teria de deixar de beber Coca-Cola ou desistir de ter o último modelo de telemóveis de terceira geração: "Não condeno uma pessoa por ter um carro topo de gama. O problema é se a sua felicidade depende de ter ou não um automóvel de luxo."
Afinal, explica Sfeir-Younis, todos os produtos que consumimos têm uma força espiritual:
"O sofá onde me sento foi feito por uma pessoa, a camisa que visto foi costurada por vários empregados de uma fábrica têxtil e cada objecto é a tradução do espírito de quem investiu o seu tempo para o fabricar." O equilíbrio está então em repartir o material e o espiritual em doses iguais.

Este é o novo paradigma que Alfredo Sfeir-Younis defende: "Temos de procurar tanto o que está fora como o que está dentro de nós e vice-versa." E para isso basta valorizar um pouco mais o nosso "poder interior". No fundo, trata-se de desconstruir aquilo que a medicina chama de efeito placebo: um médico receita um medicamento a um paciente que nada tem porque sabe que ele acredita nas propriedades terapêuticas do remédio e vai sentir-se curado:
"Essa crença é o poder interior que faz dinheiro, faz casas, faz um país, e as suas políticas."

Resta saber se a voz do chileno conseguirá atravessar a aldeia do Bombarral e chegar a outras paragens: "Tenho de fazer as coisas ao gosto e ao tempo dos portugueses", diz Alfredo Sfeir-Younis.


in Diário de Noticias

21/06/2007

Solsticio de Verão


Celebração da fertilidade e da força, altura para dar graças pela nossa saúde e coisas boas da vida. É uma celebração das coisas e dos trabalhos que nos dão prazer e uma boa altura para celebrar o amor e a paixão.

Hoje é o dia mais longo do ano para o hemisfério Norte. E será a celebração do Solstício de Verão ou Midsummer’s Eve, ritual sagrado do povo celta que aguarda o contacto entre o nosso mundo e o mundo das fadas.

Em astronomia, Solstício é o momento em que o Sol, durante o seu movimento aparente na esfera celeste, atinge o seu maior afastamento, em latitude, da linha do equador. Os Solstícios ocorrem duas vezes por ano: em Dezembro e em Junho. A data varia devido aos anos bissextos, que oscila entre o calendário das estações em um dia.
No hemisfério Sul, o de Dezembro é o Solstício de Verão e o de Junho é o Solstício de Inverno. O oposto acontece no hemisfério Norte.

Que a força iniciática e renovadora que celebramos no Solstício de Verão produza a Luz sábia e irradiante que, por intermédio do Amor, voltaremos a colher no próximo Solstício de Inverno.

14/06/2007

Talvez o único animal que o homem não terá domado...

Há pouco, à janela electrónica, diante do fio de água do tempo correndo, dei comigo a pensar que o arpão do século XIX agora encontrado numa baleia capturada no Alasca era afinal um corvo que não tocou na lâmpada. Nesse instante, a fonte de Trevi secou. E fechei a janela.

09:15 14 de Junho 07 - Fernando Alves


O Corvo e a Baleia do Alasca

Conta a lenda que um corvo muito vaidoso sobrevoava o mar e voou demasiado longe,pelo mar dentro. Já cansado e sem forças, quando se preparava para mergulhar nas águas para sempre, avistou uma baleia e aproximou-se dela.
Viu no interior da baleia uma espécie de gruta muito arranjada e lá dentro uma rapariga que segurava uma lanterna. Ela deu-lhe as boas vindas:
- Está à vontade! Mas, por favor, nunca toques na minha lanterna.
Ele prometeu nunca lhe mexer.A jovem parecia muito inquieta, sempre a levantar-se, de modo a respirar a ar que a baleia respirava quando vinha à superfície. A rapariga era, afinal, alma da baleia.
O corvo começou a sentir curiosidade pela lanterna da jovem e, assim que ela voltou a sair, tocou na lanterna. E logo se apagou a chama do coração da baleia que se transformou numa imensa carcaça flutuante.
Agora de nada valia ao corvo arrepender-se. O mal estava feito. A bela e confortável casa desaparecera e ele encontrava-se no meio de uma profunda escuridão, sentindo, à sua volta, o cheiro do óleo e do sangue da baleia. Lutou para sobreviver no meio do sangue e da escuridão e, por fim, conseguiu arrastar-se para fora da boca da baleia. Exausto, atirou-se para cima da carcaça, entretanto empurrada para a margem. As pessoas saíram nos seus caiaques para a puxarem para terra.
Ao avistá-las, o corvo transformou-se num homem e tomado pela estúpida vaidade gabou-se aos outros homens: "Matei a baleia! Matei a baleia!"
E como era uma proeza muito grande nessa altura, tornou-se numa pessoa importante entre os homens.

12/06/2007


A vida é feita de momentos, já o sabemos.

Às vezes as nossas conquistas prolongam os momentos bons e fazem de nós um ser positivo e feliz porque sabe o seu caminho, porque perde o medo, porque está em paz consigo.
Como uma Fénix renascida para novas oportunidades.


Está a mexer comigo, esta rapariga aqui do lado. Vale mesmo a pena ouvir.
Nem por acaso, o album chama-se "Pafuera Telarañas".
Quer dizer alguma coisa, não?
Esta canção soa a hino... de alegria, de feminino, de final de mágoas e teias de aranha. Lindo.


Ella se ha cansado de tirar la toalla
Se va quitando poco a poco las telarañas
No ha dormido esta noche, pero no está cansada
No miró a ningún espejo, pero se siente toa guapa

Hoy ella se ha puesto color en las pestañas
Hoy le gusta su sonrisa, no se siente una extraña
Hoy sueña lo que quiere sin preocuparse por nada
Hoy es una mujer que se da cuenta de su alma

Hoy vas a descubrir que el mundo es solo para ti
Que nadie puede hacerte daño, nadie puede hacerte daño
Hoy vas a comprender que el miedo se puede romper con un solo portazo
Hoy vas a hacer reír porque tus ojos se han cansado de ser llanto, de ser llanto
Hoy vas a conseguir reírte hasta de ti y ver que lo haz logrado

Hoy vas a ser la mujer que te dé la gana de ser
Hoy te vas a querer como nadie te ha sabido querer
Hoy vas a mirar pa'lante, que pa atrás ya te dolió bastante
Una mujer valiente, una mujer sonriente
Mira como pasa

Hoy no ha sido la mujer perfecta que esperaban a roto sin pudores
Las reglas marcadas
Hoy ha calzado tacones para hacer sonar sus pasos
Hoy sabe que su vida nunca más será un fracaso

Hoy vas a descubrir que el mundo es solo para ti
Que nadie puede hacerte daño, nadie puede hacerte daño
Hoy vas conquistar el cielo sin mirar lo alto que queda del suelo
Hoy vas a ser feliz aunque el invierno sea frío y sea largo, y sea largo
Hoy vas a conseguir reírte hasta de ti y ver que lo haz logrado
Hoy vas a descubrir que el mundo es solo para ti
Que nadie puede hacerte daño, nadie puede hacerte daño
Hoy vas a comprender que el miedo se puede romper con un solo portazo
Hoy vas a hacer reír porque tus ojos se han cansado de ser llanto, de ser llanto
Hoy vas a conseguir reírte hasta de ti y ver que lo has logrado
Ella

05/06/2007

Dia Mundial do Ambiente

Deixo aqui um excerto de um dos mais bonitos textos de sempre em prol da Natureza, escrita em 1854 pelo chefe Seattle da tribo Duwamish, numa carta enviada ao então presidente dos Estados Unidos da America, Franklin Pierce.
Existe alguma polémica em relação ao texto original deste documento, devido às sucessivas traduções que podem ter alterado algumas palavras ou expressões.
Seja como for, e politica à parte, é uma "pérola ecológica" que nos ajuda a parar e reflectir.

"O Grande Chefe de Washington comunicou-nos o seu desejo de comprar as nossas terras. O Grande Chefe assegurou-nos também da sua amizade e de quanto nos preza. Isso é muito generoso da sua parte, pois sabemos que ele não necessita da nossa amizade.

Porém, vamos considerar a sua oferta, pois sabemos que se o não fizermos, o homem branco virá com armas e tomará as nossas terras.

Mas, como pode comprar ou vender o céu e o calor da terra? Tal idéia é estranha para nós. Se não somos os proprietários da pureza do ar ou do resplendor da água, como podes comprá-los a nós?(...)

O homem branco esquece a sua terra natal, quando, depois de morto vai vagar por entre as estrelas. Os nossos mortos nunca esquecem a beleza desta terra, pois ela é a mãe do homem de pele vermelha. Somos parte destas terras como elas fazem parte de nós. (...)

Assim, quando o Grande Chefe de Washington manda dizer que deseja comprar nossa terra, ele exige muito de nós. O Grande Chefe manda dizer que nos reservará um lugar em que possamos viver confortavelmente e que será para nós como um pai e que nós seremos seus filhos. (...)

A água cintilante dos rios e dos regatos não é apenas água, é o sangue dos nossos antepassados. Se vendermos a nossa terra, terás de te lembrar que ela é sagrada e deverás ensiná-lo aos teus filhos e fazer-lhes saber que cada reflexo na água límpida dos lagos fala do passado e das recordações do meu povo. (...)
Se vendermos a nossa terra, terás de te lembrar e ensinar aos teus filhos que os rios são nossos e vossos irmãos, e terás de dispensar-lhes a bondade que darias a um irmão.

Nós sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de viver.
Para ele um pedaço de terra vale o mesmo que outro, porque ele é um forasteiro que chega na calada da noite e tira da terra tudo o que necessita. (...)
Ele considera a terra, sua mãe, e o céu, seu irmão, como objectos que podem ser comprados, saqueados ou vendidos como ovelhas ou missangas cintilantes.
Na sua voracidade arruinará a terra e deixará atrás de si apenas um deserto.

Não sei. Nossos caminhos diferem dos vossos. As vossas cidades ferem os olhos do homem de pele vermelha. Não há lugares calmos nas cidades do homem branco. Não há sítios onde se possa ouvir as folhas a desabrochar na primavera ou o zunir das asas dos insectos. O barulho que tudo domina ofende os ouvidos do homem de pele vermelha.
Para que serve a vida se um homem não pode escutar o grito solitário do noitibó ou a lengalenga nocturna das rãs à volta de um pântano ?
Sou um homem de pele vermelha e não compreendo, talvez porque os homens de pele vermelha são selvagens e ignorantes. O índio prefere o suave sussurro do vento roçando a superfície de uma lagoa e o perfume do ar lavado pela chuva do meio-dia ou carregado do aroma dos pinheiros.
O ar é precioso para o homem de pele vermelha, porque todas as criaturas partilham a mesma aragem: os animais, as árvores, o homem todos respiram o mesmo ar. O homem branco parece indiferente ao ar que respira. Como um moribundo em prolongada agonia, ele é insensível ao ar fétido. (...)
Assim pois, vamos considerar a oferta para comprar a nossa terra.

Se decidirmos aceitar, será com uma condição: O homem branco deverá tratar os animais desta terra como se fossem seus irmãos.
Sou um selvagem e não compreendo outros costumes. Eu vi milhares de búfalos a apodrecer na pradaria, abandonados pelo homem branco que os abatia de um combóio em movimento.
Eu sou um selvagem que não compreende que o cavalo de ferro fumegante possa ser mais importante do que o búfalo que nós, os índios, matamos apenas para o sustento de nossa vida.
O que seria do homem sem os animais? Se todos os animais desaparecessem, o homem morreria de uma grande solidão de espírito. Porque tudo quanto acontece aos animais não tarda a acontecer ao homem. Todas as coisas estão relacionadas entre si.

Deverão ensinar aos vossos filhos que o chão debaixo dos seus pés é feito das cinzas dos nossos antepassados. Ensinem aos vossos filhos o que temos ensinado aos nossos: que a terra é nossa mãe. Tudo quanto fere a terra fere os filhos da terra. Se os homens cospem no chão é sobre eles próprios que cospem.

Uma coisa sabemos: a terra não pertence ao homem, é o homem que pertence à terra. Disto temos certeza. Todas as coisas estão interligadas, como o sangue que une uma família. Tudo está relacionado entre si. (...)

Mas nós vamos considerar a vossa oferta e ir para a reserva que destinais ao meu povo.
Viveremos à parte e em paz. Que nos importa o lugar onde passarem os o resto dos nossos dias ? Já não serão muitos. (...).
Apesar de tudo talvez sejamos irmãos, veremos.
Mas, nós sabemos uma coisa, que o homem branco talvez venha a descobrir um dia, o nosso Deus é o mesmo Deus. Ele é o Deus dos homens e a Sua misericórdia é a mesma para o homem de pele vermelha e para o homem branco. A terra é preciosa aos olhos de Deus e quem ofende a terra cobre o seu criador de desprezo. O homem branco perecerá também e, quem sabe, antes de outras tribos. Continuem a macular o vosso leito e irão sufocar nos vossos desperdícios.
(...)
É nestas condições que vamos considerar a oferta da compra das nossas terras.
E se aceitarmos será apenas para ficarmos seguros de recebermos a reserva que nos prometeram. Talvez aí possamos acabar os nossos dias e quando o último homem de pele vermelha tiver desaparecido desta terra, e a sua recordação não for mais do que a sombra de uma núvem deslizando na pradaria, estes lugares e estas florestas abrigarão ainda os espíritos do meu povo. Assim se vendermos as nossas terras amai-as como as temos amado e cuidai delas como nós cuidámos. E com toda a vossa força e o vosso poder conservem-na para os teus filhos e amem-na como Deus nos ama a todos.
Sabemos uma coisa: o nosso Deus é o mesmo Deus. Ele ama esta terra. O próprio homem branco não pode fugir ao mesmo destino.
Talvez sejamos irmãos, veremos.


23/04/2007


http://www.youtube.com/watch?v=CcTEUBqHRSw


Foi para mim o maior momento de sempre da historia da politica mundial. Imperdivel.

A piada que desmanchou Bill Clinton durante a conferencia de imprensa após um encontro entre os dois estadistas em Outubro de 1995:
"Se leram a imprensa de ontem foi dito por todo o lado que esta cimeira seria um desastre. Posso agora dizer que são vocês (os jornalistas) o desastre."

Boris Yeltsin passou para o outro lado da vida aos 76 anos, a 21 de abril de 2007











18/04/2007



Equinocio

No 1º dia de Primavera, o dia = noite, têm a mesma duração

Easter, Páscoa em inglês, deriva do nome da Deusa Eostre, ou Ostara, deusa anglo-saxónica da fertilidade, era (e ainda é) celebrada no Equinócio da Primavera com danças e festejos ao ar livre, no campo, saudando a chegada da Primavera, época da fertilidade e ressurgimento da vida depois do longo Inverno.
Os símbolos associados a Eostre são o Ovo, a Lua e o Coelho, seu animal sagrado.
A própria deusa Eostre, segundo algumas versões que relatam o mito, nasceu de um ovo incubado no solo e que eclodiu da própria terra, em analogia com a vegetação e animais que, após o período de hibernação, saem para o exterior.
O ovo e a lua, bem como o coelho são símbolos de fertilidade.
É um facto que, mesmo nós, mamíferos, devemos a nossa concepção à fecundação do ovo (óvulo) e que os ciclos de fertilidade feminina e da Natureza estão intimamente ligados aos ciclos do Sol e da Lua.

A Lua, ovo universal, liga-se ao óvulo feminino e ao ciclo menstrual, bem como à própria evolução fecunda da vida e da Terra, sempre em eterno movimento e alternância cíclica: desde a jovem virgem - a que ainda não foi mãe; passando pela forma adulta - a mãe que concebe e faz nascer,terminando na anciã e sábia, para voltar de novo ao princípio.


A celebração da Páscoa cristã decalcou os festejos dedicados a Eostre e absorveu os seus símbolos: os ovos e amêndoas (a forma oval é por de mais evidente) e os coelhinhos da Páscoa.
Sobre os coelhos, a sua simbologia associa-se à fertilidade, e deve-se fortemente ao facto de serem animais que criam as suas generosas ninhadas em tocas (no interior da terra).
Ilustra-se assim o renascimento da vida a partir de um estado embrionário, de recolhimento, a qual emerge do subsolo, numa afirmação de vitória sobre a escuridão do Inverno.
A Páscoa cristã, muito embora coloque o acento tónico na morte e sofrimento de Cristo, apela também à celebração do eterno retorno davida, do renascimento e ressurreição, a qual supera e vence a mortefísica.
É ainda, e desde sempre, uma festa calculada segundo os ciclosdo Sol e da Lua em relação à Terra.
O Domingo de Páscoa é sempre o primeiro Domingo depois da Lua Cheia imediatamente a seguir ao Equinócio da Primavera.

Entenda-se que o Pensamento dos Antigos, que elevava a Natureza auma ordem divina através da representação mitológica e expressa pelorito, compreendia uma leitura: tudo na Natureza é sagrado.


06/04/2007



Código de Cristo - O Túmulo Perdido

Um documentário realizado pelo cineasta James Cameron para o Discovery Channel relata a teoria de uma equipa de arqueólogos sobre dez ossários do séc. I d.C. encontrados por acaso, durante uma obra, em 1980, em Jerusalém e que poderiam ser de Jesus Cristo e sua familia.

Apenas seis dos túmulos tinham inscrições. Mas o que diziam chegou para deixá-los em êxtase: «Jesus, filho de José»; «Maria»; «Mateus»; «Judas, filho de Jesus»; «José»; e «Mariamene e Mara», dois nomes atribuídos pelas seitas primitivas a Maria Madalena.
Para além de retomar a teoria de uma eventual relação entre Jesus e Maria Madalena, a polémica acende-se porque porque a alegada descoberta põe em causa a Ressurreição.

As comunidades católicas estão em polvorosa e nalguns países conseguiram que o documentário não fosse exibido.

A SIC vai mostra-lo no domingo dia 15 de Abril.
O site oficial do documentario:









18/03/2007


Talvez por não saber falar de cor, imaginei.
Talvez por não saber o que será melhor, aproximei.
"O meu corpo é o teu corpo, o desejo entregue a nós".
Sei lá eu o que queres dizer...
Despedir-me de ti, adeus um dia voltarei a ser feliz...
Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor não sei o que é sentir
Se por falar falei pensei que se falasse era mais fácil de entender
Talvez por não saber falar de cor, aproximei...
Triste é o virar de costas o último adeus, sabe Deus o que quero dizer.
Obrigado por saberes cuidar de mim, tratar de mim,
olhar para mim, escutar quem sou...
E se ao menos tudo fosse igual a ti.
Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor, já não sei se sei o que é sentir.
Se por falar falei, pensei que se falasse era mais fácil de entender...
É o amor que chega ao fim, um final assim é mais fácil de entender...






The Gift, Facil de Entender





04/02/2007


A PAIXÃO


"A paixão é a flor que rebenta no campo, a centelha divina que explode, a intuição que manipula a decência.
A paixão é a intensidade orgânica do pensamento no coração, é o descalabro.

Pela paixão, faz-se tudo. Pela paixão perde-se tudo.
Pela paixão morreram Homens e decaíram impérios. A paixão é a esquizofrenia da alma, é a dor e o remédio, o escândalo e o sério.

Pela paixão correram rios de sangue, forjaram-se papeis e negócios, alteraram-se planos. A paixão é um estado celeste de desconstrução da matéria. A paixão desconstrói tudo e volta a construir sob outros parâmetros.

A paixão é um estado de que participo pois as pessoas apaixonadas vêm a mim sem sequer o perceber.
O estado de graça que se vive na paixão é o mais próximo do céu.
Quero-vos apaixonados. Conheçam-se mais profundamente.
Apaixonem-se, todos."
in "Este Jesus Cristo que vos fala", de Alexandra Solnado

28/01/2007

A mudança é importante


"A mudança deve surgir do mais profundo de si, não deve surgir da periferia.
Toda a agitação se encontra na periferia; lá bem no fundo não há agitação.
Somos como o mar - imagine o mar - toda a agitação, as ondas que se entrechocam,
encontram-se apenas à superfície.
Mas à medida que vai descendo para o fundo, quanto mais fundo, mais calma haverá.
Na parte mais profunda do mar, não existe agitação, nem uma única onda.

Primeiro, desça profundamente no seu mar interior até atingir uma cristalização calma,
até atingir o ponto onde nunca chega a agitação. Permaneça aí.
Nesse ponto nasce toda a mudança, nasce toda a transformação.

Uma vez aí, será senhor de si próprio."






Osho

17/01/2007


Enviro Mission


Uma ideia megalómana vai tomar forma na localidade de Mildura, em pleno deserto da Austrália e mostra-nos até onde é possivel ir na procura de soluções alternativas para os combustíveis fósseis.

O maior projeto de produção de energia solar do planeta prevê uma fábrica de energia solar que será a mais alta construção do mundo quando ficar pronta em 2009.
Uma torre de 1 quilometro de altura por 130 metros de diâmetro, será erguida no centro de um imenso painel solar, de 20 quilómetros quadrados.

Se tudo correr como o previsto, o calor gerado pelo painel formará uma corrente de ar de até 50 quilometros por hora na enorme chaminé, o bastante para movimentar 32 turbinas, gerar 200 megawatts de energia e abastecer até1 milhão de pessoas.
O gigantismo do projeto mostram que fontes renováveis como o sol e os ventos começam a merecer atenção.

Aqui podem ver a maquete do projecto num video de apresentação.


http://www.enviromission.com.au/project/video/video.htm