25/03/2008

A lição do Animais


Os animais matam para comer ou para sobreviver.
Não matam por vingança, por inveja ou por partilhas económicas.
Os animais cuidam da terra onde vivem, não destroem os seus habitats.
Os animais reciclam – basta ver um cão a enterrar um osso para o comer depois–, não desperdiçam, não ostentam – uma formiga nunca leva mais do que consegue carregar.
Os animais têm um grande sentido de lealdade, de território e de justiça.
Os animais confundem-se com a natureza, vivem dela e para ela.
Não destroem. Não violentam. Não desperdiçam.

O ser humano, através do seu ego, tem uma forte necessidade de se mostrar mais poderoso do que os demais.
Afirma-se, destruindo. Autonomiza-se, matando. Mostra-se, diminuindo tudo o que o rodeia. O ser humano vive fora de si próprio a tentar encontrar-se. E é nessa tentativa que destrói tudo à sua volta para mostrar que é o mais forte.
Ora se algo está realmente dentro de mim, não preciso de mostrar que Sou. Sou e pronto.

Os animais não mostram nada, não se afirmam, não destroem para provar que São.
São e pronto. Mais nada. É o Ser que os faz tão pacíficos.
É claro que há animais violentos, mas isso tem apenas a ver com uma questão de sobrevivência, não com uma atitude destruidora, como a dos seres humanos.
O Homem quer Ter, por isso expande a sua ambição, destruindo tudo à sua volta.
Os animais querem Ser, tornando tudo menos «performático», mais natural.
Aprendam com os animais.
Aprendam a simplicidade de Ser.

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